que ela vai contar
que belos montes não pode mais ver
que chora o índio e a mata
mas o povo não acata, tem terra pra vender.
Segura o grito da moça
que ela vai contar
as verdades que ninguém mais quer ver.
o mundo doente, o Estado militar
com o guardanapo limpam o sangue a escorrer.
Segura o grito da moça
que subiu no palaque, vai discursar
Mostrar toda sua indignação
Jogam panos, pro corpo não mostrar
Abafam o saber que fará revolução
Porque lugar de moça, pra alguns, é no fogão.
Segura o grito da moça
que ela quer perguntar
Mas professores não há para lhe responder
Eles foram extintos na avenida
Nas ruas, nas praças, na câmara da vida
Segura o grito da moça
Da moça e de toda população
Dos excluídos, dos mascarados
Dos que gritam pela revolução.
(Amanda Nunes)
Muito bom.
ResponderExcluirSeu melhor poema!!!