sábado, 23 de março de 2013

Máscara



Tenho pintado rosas brancas com tinta vermelha,
para mimar a rainha.
Acompanho passos, em meio à escuridão
sem saber para onde vão.
Dê-me um mapa!
Pois perdi o caminho
de mim.

Parece que o mundo girou rápido demais
e não pude adaptar-me às suas mudanças,
a essa nova era.
Para onde as pessoas lúdicas foram?
Vejo apenas porcos,
ostentadores e mentirosos,
pessoas vazias...
Cegas, presas à caverna do lar
Ás belezas falsas
E dominadas pelo escasso saber.

Fujo para minha fantasia, ponho minhas sapatilhas
E bailando em outras órbitas,
descubro novos mundos,
sabores e amores...
Um mundo ao qual me adaptaria,
talvez fosse até feliz.

Mas me levam para casa, roubam-me os sonhos.
E olhando no espelho pergunto-me:
sou uma parábola viva, um acaso freqüente,
um jogo de fábulas e siglas, ou talvez anjo assistente?
Em verdade, sou um nome presente numa vida aparente.